Planejamento é o segredo para viver cada ocasião com felicidade
Feriado de Carnaval batendo a porta. Hora de afrouxar a gravata e deixar o salto alto de lado para curtir roupas mais confortáveis, dias de lazer com a família e amigos, os blocos festivos da cidade, a praia, o campo ou qualquer outra ocasião que o faça desligar da chamada mesmice de rotina.
Lindo e maravilhoso ter esse pensamento, mas quantas pessoas realmente conseguem desligar do trabalho e de outras responsabilidades, para colocar suas cabeças em ritmos mais leves, de um fim de semana e um feriado prolongado, por exemplo? Podemos dizer que poucas.
Ter esse comportamento é extremamente necessário para ativar a criatividade e viver experiência inusitadas, que o façam perceber outras maneiras de ser feliz, a partir de pequenas interrupções de hábitos que são benéficas no fim das contas.
Mas você ainda deve estar pensando: ‘falar é fácil’, difícil é fazer certas coisas’. Um dos segredos para que esses momentos de relaxamento sejam bem aproveitados e sim realizados dentro da nossa agenda de desejos, é o planejamento. Com ele, tudo pode ter uma intensidade maior e se encaixar muito bem naquela frase do escritor alemão, auto de diversos best-sellers, Eckhart Tolle. “Onde quer que você esteja, esteja por inteiro”.
A frase pode também reforçar a ideia de que não precisa ter peso na consciência porque alguma atividade ficou por fazer naquele finalzinho de sexta-feira, no escritório. Mas sim o foco naquilo que você está curtindo naquele exato momento.
O psicólogo cognitivo comportamental Ricardo Gonzaga reforça que planejamento, organização, criatividade, resolução de problemas, sociabilidade e motivação são peças fundamentais para que se possa viver de maneira leve e sem culpa momentos festivos e que saiam do circuito do trabalho, por exemplo. “Algumas pessoas se sentem culpadas pelo fato de lidarem de maneira diferente com a questão de deixar as atividades de lado por algum tempo. Há situações em que se vive tanto a rotina desenfreada de atribuições e tarefas, bem como a maneira de interpretarem o trabalho, que podem até se sentirem pré-julgadas socialmente: “Os outros falarão de mim pelo fato de eu estar me divertindo ao invés de estar trabalhando”. É importante ressaltar que esses são pontos que dependerão do universo particular e da maneira como cada um interpreta o evento/situação”, detalha Gonzaga.
E se o caminho para estar bem é olhar para a agenda e distribuir cada atividade, as dicas do especialista são elencar o que é alta, média e baixa prioridade, dando assim limite ao corpo e a maneira de lidar com as tarefas, através do gerenciamento do tempo. “Incluir pequenas atividades prazerosas (pausa para um café, lanche ou ler algo) faz com que tenhamos reforçadores/motivadores ao longo do dia, fazendo com que as atribuições sejam mais motivadoras e gerenciáveis.”
Evite levar o trabalho para casa e use da estratégia de dividir as tarefas em pequenas partes, liberando assim o senso de urgência e ganhando a percepção de realização.
“No feriado tente vivenciar o ‘aqui e agora’ prestando atenção no momento das atividades que dão prazer e relaxamento. Isto serve como uma maneira de ‘desligar a mente’, conclui o também doutor em Psicologia.
Fonte:
Ricardo Gonzaga – Doutor em Psicologia e especialista em Psicologia Cognitiva Comportamental